Zoneamento Agroecológico do Estado do Tocantins

Declividade

 

Este trabalho é parte integrante do Zoneamento Agroecológico (ZAE) do Estado do Tocantins, que vem sendo executado pela Embrapa Monitoramento por Satélite em parceria com a Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE), da Secretaria de Planejamento (SEPLAN) daquele Estado.

O plano de informação de classes de declividades faz parte de um banco de dados georreferenciados, disponível para ambientes SGI/INPE e IDRISI, dividido em 25 quadrículas.

Cada uma destas 25 quadrículas apresenta unidades de mapeamento compatível com a escala 1:250.000, totalizando 06 classes de declividades principais (Tabela 1).

Tabela1.

Principais Classes de Declividades Encontradas no Estado do Tocantins

A (declive igual ou inferior a 5%): Compreende áreas com declives suaves, nos quais, na maior parte dos solos, o escoamento superficial é lento ou médio. O declive, por si só, não impede ou dificulta o trabalho de qualquer tipo de máquina agrícola mais usual. A erosão hídrica não oferece maiores problemas. Em alguns tipos de solos, práticas mais simples de conservação são recomendáveis. Para aqueles muito erodíveis e com comprimentos de rampa muito longos, práticas complexas podem ser necessárias, tais como sistemas de terraços e faixas de retenção.
B (declive maior que 5% e igual ou menor que 10%): Áreas com superfícies inclinadas, geralmente com relevo ondulado, nos quais o escoamento superficial, para a maior parte dos solos, é médio ou rápido. O declive, por si só, normalmente não prejudica o uso de máquinas agrícolas. Em alguns casos, a erosão hídrica oferece pequenos problemas que podem ser controlados com práticas simples, mas na maior parte das vezes, práticas complexas de conservação do solo são necessárias, para que terras com esse declive possam ser cultivadas intensivamente.
C (declive maior que 10% e igual ou menor que 15%): Compreende áreas inclinadas ou colinosas, onde o escoamento superficial é rápido na maior parte dos solos. A não ser que o declive seja muito complexo, a maior parte das máquinas agrícolas podem ser usadas. Solos desta classe são facilmente erodíveis, exceto aqueles muito permeáveis e não muito arenosos, como alguns Latossolos. Em todas essas situações, práticas de conservação são recomendadas e necessárias.
D (declive maior que 15% e igual ou menor que 30%): Representada por áreas inclinadas a fortemente inclinadas, cujo escoamento superficial é rápido a muito rápido na maior parte dos solos. Podem ser trabalhados mecanicamente apenas em curvas de nível por máquinas simples de tração animal ou, com limitações e cuidados especiais, por tratores de esteira. Em terras nessa situação não é recomendável a prática de agricultura intensiva. São mais indicadas para pastagem natural e/ou silvicultura.
E (declive maior que 30% e igual ou menor que 45%): Áreas fortemente inclinadas, cujo escoamento superficial é muito rápido. Podem ser trabalhados mecanicamente somente por máquinas simples de tração animal, assim mesmo com sérias limitações. Terras nessa situação são impróprias para a agricultura e restritas para pastagem. São mais indicadas para silvicultura.
F (declive maior que 45%): Constituída por áreas íngremes, de regiões montanhosas, onde nenhum tipo de máquina agrícola pode trafegar. O escoamento superficial é sempre muito rápido e os solos, extremamente suscetíveis à erosão hídrica. Não podem ser trabalhados mecanicamente, nem mesmo pelas máquinas simples de tração animal; somente trabalháveis com instrumentos e ferramentas manuais. Terras nessa situação são inadequadas para o uso agrícola.

 

ASSOCIAÇÃO DE CLASSES DE DECLIVIDADES

AB - Mosaico com predomínio de A sobre B; BA - Mosaico com predomínio de B sobre A;
BC - Mosaico com predomínio de B sobre C; CB - Mosaico com predomínio de C sobre B;
CD - Mosaico com predomínio de C sobre D e DC - Mosaico com predomínio de D sobre C.

 

NOTA EXPLICATIVA

Inicialmente, as classes de declives foram geradas a partir de um Modelo Digital de Elevação (MDE), constituído a partir da digitalização das curvas de nível com equidistância de 100 m.

Posteriormente, as unidades obtidas foram confrontadas aos mosaicos semicontrolados de radar e às cartas altimétricas visando corrigir e ajustar limites e contornos já que o interpolador numérico, a partir de um MDE na escala de 1:250.000, não é capaz de traduzir de forma circunstanciada e homogênea todas as declividades.

 

NOTA TÉCNICA

Plano de informação constituído a partir da interpretação conjugada das seguintes fontes:

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